Talvez não tenha notado ainda o quanto uma simples letra, numa etiqueta energética, pode melhorar as finanças e o futuro da sua família. Saiba agora como pode influenciar, mas também todas as informações sobre o tema!
O que é uma Etiqueta Energética e qual o seu objetivo?
O momento de adquirir um novo eletrodoméstico é precedido por diversos cálculos, conseguir o melhor custo-benefício é a regra número um. Mas como saber qual é a escolha que se encaixa melhor perante a realidade?
A etiqueta energética tem o objetivo de ajudar na decisão de compra, possibilitando que o cliente veja o quão eficiente o aparelho é, em relação aos padrões exigidos. Funciona de modo similar ao certificado energético de imóvel, que é um documento que avalia a eficácia energética do mesmo, dividindo-a ente “A+” e “F”.
Vindo como um apoio ao consumidor, a etiqueta energética é uma ferramenta que facilita a escolha de eletrodomésticos e de outros aparelhos consumidores de energia. Nela, constam todas as características dos aparelhos consumidores de energia para que possa compará-los e escolher os produtos energeticamente mais eficientes.
A etiqueta energética é válida em toda a União Europeia e tem de ser utilizada, obrigatoriamente, em todos os Estados-membros, sendo que não precisa de tradução, uma vez que é cada vez mais desenvolvida com base em símbolos e valores de consumo de energia, permitindo quantificar o desempenho energético e identificar o tipo de produto a que se refere, sendo facilmente interpretada em qualquer língua.
Benefícios de levar em conta os dados da etiqueta energética
Consultar a etiqueta e avaliar corretamente a relação do custo imediato do produto, com a quantia gasta durante a vida útil do mesmo, pode facilitar a redução de custos facilmente.
Veja um caso pratico, uma maquina de lavar roupa de classe A, em face de outra com classe G, economiza por volta 351 euros em dez anos, ou seja, se juntarmos isso a outros eletrodomésticos terá então, dinheiro que faria diferença na educação dos seus filhos ou no que quer que fosse investido.
Há que ter em conta que a produção de energia e o seu uso, tanto na indústria como nas habitações e meios de transporte, é responsável pela maioria das emissões de CO2 causadas pelo Homem. Devemos saber também que a geração de eletricidade com centrais nucleares não produz CO2, criando resíduos radioativos de difícil e dispendioso tratamento. Mesmo Portugal sendo um dos países que mais usa energia renovável, ainda é necessário economizar energia elétrica, por conseguinte, melhora o futuro das próximas gerações.
Como entender a escala de letras na etiqueta energética?
A Etiqueta Energética é igual em todo o Espaço Económico Europeu, tendo elementos comuns a todas as categorias de produtos etiquetados:
- Fornecedor, marca e modelo;
- Classe de eficiência energética;
- Escala de eficiência energética;
- Consumo anual de energia (kWh/ano).
Nota: estas informações variam consoante o equipamento, podendo ser apresentadas também numa escala de eficiência ou valores absolutos de acordo com o indicador.
Os eletrodomésticos são classificados de acordo com sua eficiência
No passado, os produtos mais eficientes pertenciam a classe “A+++”, seguido por,” A++, A+, A, B, C, D, E, F e G”. A partir de março de 2021, retiraram-se as três primeiras categorias, restando sete classes, começando por A e seguindo até ao G em decrescente a partir do mais eficiente.
A nova etiqueta traz a adição de QR CODE, que permite que os consumidores obtenham informações adicionais sobre os aparelhos. Veja na imagem como era e como ficou:
A nova escala mostrou-se mais fácil de interpretar, já que “A+++” e “A” poderiam causar confusão na cabeça do cliente e, essa diferença de categoria, significaria o consumo de até 60% a mais na conta do cliente, de acordo com o produto que a tinha.
Que produtos contêm esta classificação?
Esta etiqueta foi desenvolvida para identificar:
- Produtos consumidores de energia, tais como equipamentos domésticos (frigoríficos, máquinas de lavar, etc.);
- Produtos que, apesar de não utilizarem energia diretamente, influenciam o seu consumo, tais como, por exemplo, um reservatório de água quente;
- Produtos com elevada penetração de mercado;
- Produtos com elevado potencial de redução de consumo energético e impacto ambiental.
Onde encontro a etiqueta energética?
Por ser um dos fatores de decisão na hora da compra de um eletrodoméstico, a etiqueta deve estar presente de modo visível, sempre que o produto for apresentado.
No caso das lojas físicas, cada produto exposto deve apresentar a etiqueta energética completa de modo a que seja imediatamente visível para o cliente consultar. Em lojas online, a classe energética deve estar junto à ficha de características produto e a etiqueta deve estar disponível para consulta através de uma hiperligação que permita visualizá-la.
Conselhos para economizar ainda mais energia
- Aproveite a capacidade total da máquina de lavar roupa e lavar loiça de forma a evitar o desperdício de água. E, se não for necessário utilizar água muito quente, optar por temperaturas entre os 30º e 40º em vez dos 60º para poupar até 55% de energia;
- O frigorífico é o eletrodoméstico que mais consome energia. A pensar nisso, regule a temperatura do frigorífico para o intervalo entre os 3º e os 7º, evite a acumulação de gelo no caso dos combinados e arcas frigoríficas e assegure que a parte traseira está numa zona ventilada e livre de pós.
- Aposte em lâmpadas LED. Apesar de o valor ser superior às lâmpadas tradicionais, valem o investimento pois o consumo de luz pode diminuir cerca de 80%;
- Desligue os equipamentos das tomadas de forma a evitar o standby. A televisão, o computador, o carregador do telemóvel, o termoacumulador. Até os equipamentos de climatização gastam energia mesmo desligados se estiverem ligados às tomadas. Um eletrodoméstico em standby corresponde a um consumo adicional de 10% na fatura de energia.