Com poucos cliques na internet é possível encontrar várias ofertas de crédito pessoal com taxas de juros muito competitivas. Porém, o fator aliciante nem sempre é pensado da forma correta por parte da pessoa que procura por esta informação.
Em suma, vamos neste artigo citar alguns riscos associados ao crédito pessoal e alguns cuidados que deve ter antes de realizar um empréstimo.
Que tipos de crédito pessoal existem?
Antes de procurar por um crédito pessoal, deve saber que existem várias finalidades nos créditos, em prol de satisfazer a necessidade do cliente, mas que têm sempre taxas de juros diferentes. Por isso, antes de contratar um crédito pessoal, fique a saber que tipos de créditos existem e como deve contratar cada um deles.
Crédito pessoal
Uma modalidade de crédito ao consumo diferencia-se dos restantes por não ter uma finalidade concreta e poder ser utilizado sem justificação. Na verdade, é o típico crédito pessoal usado muitas vezes para viagens, pagamentos de dívidas, entre outros. Porém, as taxas de juro são, normalmente, bastante elevadas, onde é financiado entre 250 até um máximo de 50 mil euros.
Crédito automóvel
Em conjunto com o crédito habitação, o crédito automóvel é o mais procurado, quando falamos em crédito pessoal. Uma necessidade para maioria das pessoas e que, infelizmente, nem todos conseguem comprar um veículo a pronto, esta modalidade de crédito é a mais procurada, mas também a mais exigente, pois exige responsabilidade financeira e um boa gestão do orçamento familiar.
O crédito automóvel é, comparativamente a outros créditos pessoais, o mais simples de obter, conseguindo ter acesso a 100% de financiamento para um veículo até 75 mil euros, com o prazo máximo de 10 anos. Em caso de existir uma entrada inicial, o valor das prestações sofre um alívio. Contudo, vale referir que muitas vezes, para menos de 25 anos, para valores acima de 6,500 € é exigido fiador.
Crédito ao consumo
Associado à compra de produtos de valor elevado e que o consumir não tem oportunidade comprar a pronto, recorrendo ao famoso crédito ao consumo. Na maioria dos estabelecimentos onde são adquiridos, os mesmos são associados a instituições de crédito facilitando ao cliente o pagamento faseado, em vez do pagamento a pronto. Neste caso, é possível efetuar compras com pagamento em modalidades que não cobrem juros.
Crédito consolidado
Ao contrário dos já citados, este crédito visa a dar um benefício ao consumidor, juntando todos os créditos já existentes, para aliviar numa só prestação. Porém, podes ver mais sobre o crédito consolidado, clicando aqui, onde abordamos com toda a clareza as suas vantagens!
A procura e contratação de um crédito pessoal
Agora que sabemos quais os tipos de crédito pessoal mais procurados em Portugal, resta abordar o que ter em olho quando procuramos contratar um crédito pessoal. Afinal, é muito fácil encontrar várias entidades para fornecer um crédito, mas nem todas nos dão o que realmente é necessário e podemos cair em esquemas fraudulentos.
Antes de mais, devemos frisar que é necessário confirmar que a entidade da qual negociamos está legalizada em Portugal e se está autorizada a conceder um crédito pessoal. O Banco de Portugal tem feito vários avisos para as pessoas se protegerem de burlas no mundo digital. Para isso, antes de decorrer a um financiamento junto de uma credora, certifique-se que ela faz parte da lista de instituições registadas.
Após este conselho, vamos abordar os cinco principais cuidados a ter quando procura e contrata um crédito pessoal. Mas, lembre-se: esteja sempre ciente de que realmente não tem alternativa antes de contratar um crédito.
1 – Pense se não existem alternativas antes da contratação do crédito pessoal
Nem sempre o salário liquido é suficiente para alcançar algum objetivo que tenhamos a curto prazo. Porém, é necessário refletir se não existem outras soluções para a compra que idealiza. Afinal, muitas vezes agimos por impulso e não ponderamos se é ou não a melhor solução.
A verdade é que um crédito pessoal coloca encargos de juros e comissões, que irão aumentar o custo final da compra que idealizamos. Em certas situações é preferível fazer uma poupança no seu orçamento familiar e esperar mais um pouco, em vez de realizar um crédito pessoal.
2 – Verifique com clareza a sua taxa de esforço
Um fator muitas vezes ignorado, mas que tem de estar em cima da mesa. Analisar a taxa de esforço é o primeiro ponto de partida para perceber se não irá ultrapassar o orçamento familiar ou ficar muito perto de que uma despesa de última hora possa causar problemas.
Em caso de não haver conhecimento, a taxa de esforço é a relação entre as prestações de crédito e rendimento líquido de um agregado familiar.
Esta taxa deve ser inferior a 30% e ao realizar o cálculo com antecedência estará na linha do caminho para saber se o crédito pessoal será ou não aceite. Afinal, a taxa de esforço é um dos fatores mais importantes para analisar o risco dos clientes e as entidades credoras aceitarem emprestar o valor pretendido.
Todavia, é também uma forma de perceber se tem forma de realizar o pagamento de todas as despesas mensais ou se, a curto prazo, corre o risco de incumprimento de algum dos créditos realizados.
3 – Adquira informações além do que os simuladores dizem
Quando há procura por um crédito pessoal é habitual o consumidor dirigir-se às simulações que existem na internet, principalmente para ter uma ideia de quanto será a prestação mensal para um valor idealizado para pedir. Além disso, os simuladores fornecem as taxas de juro associadas, o que é um ponto importante na procura por um crédito pessoal.
Porém, nem todos os simuladores disponíveis na internet fornecem todos os dados e os mais importantes. Existem vários fatores a ter em conta para não haver surpresas. A título de exemplo, alguns simuladores não apresentam os encargos e impostos nos seus valores finais. Para conhecimento, quando se pede uma simulação de um valor, esse mesmo nunca é recebido a 100%, pois ao mesmo é reduzido todos os encargos, o que pode diferenciar na escolha final.
Os simuladores também não analisam o potencial risco do cliente que procura o crédito pessoal e isso é um fator muito importante na hora da contratação. Afinal, sem esta análise, as instituições financeiras podem aceitar ou recusar os pedidos de crédito.
Assim sendo, nada melhor do que se dirigir a um balcão e pedir todas as informações necessárias, onde o seu banco também lhe pode oferecer uma proposta melhor do que uma entidade de créditos e nada como analisar várias propostas para estar ciente dos encargos que irá ter. Assim sendo, nada melhor do que verificar todas as fontes de crédito, o processo de análise e se a simulação está com o livro totalmente aberto, como TAEG, TAN, seguros, encargos, entre outros fatores.
Na procura por um crédito pessoal é obrigatório o fornecimento de um documento apelado de FIN, onde fornece todas as informações pré-contratuais. Por isso, analise sempre os seguintes fatores:
- TAN
- TAEG
- Condições de utilização
- Montante total de empréstimo, prazo e condições de reembolso
- Garantias e condições de reembolso antecipado
- Seguros contratados
- Custos de crédito
4 – Fuja de entidades que prometem crédito pessoal fácil e com rapidez
Não existem caminhos fáceis para encontrar um crédito pessoal. Quem promete estas ideologias de rapidez, facilitismo ou sem custos é, normalmente, um esquema fraudulento. Por isso, não se deve sentir atraído por, mas sim fugir destas entidades.
É obrigatoriamente necessária uma análise ao cliente para ser possível conceber um crédito pessoal. Ou seja, nenhuma instituição financeira pode garantir a um cliente um crédito sem existir primeiramente uma análise. Neste caso, nem o processo é feito em minutos, é preciso algum tempo para que a entidade consiga dar-lhe uma resposta concreta, com os seus dados na posse da mesma.
5 – Não aceite garantia dos seus bens móveis ou imóveis na contratação de um crédito pessoal
Este género de financiamento surge maioritariamente por particulares. Em suma, exigem bens imóveis ou móveis para ser garantido uma liquidez imediata em caso de incumprimento. Todavia, é fácil entender (por norma) que é uma burla, mas infelizmente é decorrente em Portugal.
Várias pessoas têm situações financeiras graves e procuram uma solução a curto prazo que lhes salve de problemas ainda piores. Porém, terminam a encontrar com mais facilidade este tipo de burlas, onde o Banco de Portugal alerta que são cada vez mais pessoas a ser burladas.
No fundo, uma burla onde o consumidor está com problemas financeiros e tentar salvaguardar-se, mas termina com as suas finanças ainda em pior situação e, com alguma probabilidade de ficar com o pouco património que lhe restava.
Conclusão
Irá sempre existir a necessidade por parte de vários consumidores na contratação de um crédito pessoal. Por isso, na verdade, é que as entidades de créditos existem. Mas, é preciso que os consumidores tenham muita atenção antes da contratação de um crédito pessoal.
A procura por informação credível, a análise de todas as entidades que há no mercado e ainda a oferta que chega é necessária para contratar da melhor forma um crédito pessoal e combater as necessidades existentes.
Contudo, vale destacar que a taxa de esforço não deve ultrapassar os 30% e é, muitas vezes, compensatório fazer uma pequena poupança e não contrair mais um crédito. Afinal, estará a embarcar em mais uma obrigação mensal e com custos associados.