Guia completo de aprendizagem: Onde e como investir!

Escrito por:

Diogo Cardoso
como investir

A procura pela liberdade financeira está cada vez interiorizada nos portugueses. Porém, não há conhecimento nem bases suficientes para começar a investir e entrar neste mundo tão complexo que são os investimentos. Por isso mesmo, criamos um guia completo de aprendizagem.

Aqui, não só irá aprender onde pode investir, mas perceber quando e como o deve fazer, estando ciente de todos os riscos e de como se salvaguardar primeiramente. Afinal, investir é um risco que ninguém está imune ao mesmo! Agora em diante, abordamos o tema com clareza e a ajuda necessária.

O que é um investimento?

Um investimento caracteriza-se como uma aplicação de capital num meio financeiro, visando alcançar lucros num futuro próximo sobre o dinheiro ou recurso investido. Assim, existem diversas soluções no mercado e meios de investimento que permitem investir, onde se destacam:

E é exatamente sobre esses meios que vamos falar ao longo deste artigo. Mas, lembre-se, nunca deve investir sem ter conhecimento para estar nestes mercados.

Quais os principais benefícios de investir

O que é a inflação?

Para chegar ao momento de investir é necessário perceber o motivo do nosso dinheiro perder valor quando está parado. Isso deve-se à inflação.

Este fenómeno descreve-se como a perda consecutiva do nosso dinheiro no mercado, ou seja, o dinheiro perde consecutivamente valor.

Exemplo: Temos 500 € numa conta bancária salvaguardados durante 5 anos. Passado esses 5 anos esses mesmos 500 € não conseguirão ter o mesmo poder de compra da qual tinham ao dia de hoje.

Assim sendo, a inflação representa a perda progressiva do poder de compra do nosso dinheiro.

O que são ativos e passivos?

Queremos que chegue ao momento de investir com todo o conhecimento que possamos dar através deste artigo. E, para isso, é preciso conhecer de tudo que se fala nos investimentos e todos os momentos importantes. Por isso, abordamos o que são ativos, passivos e o restante glossário financeiro que precisas de conhecer adiante!

Ativos

Os ativos são todos os bens que possuímos e que nos permitem gerir benefícios económicos, seja a curto ou a longo prazo. Resumindo, representam o nosso património, podendo tratar-se tanto de bens tangíveis como intangíveis.

Os mesmos podem ser convertidos em dinheiro e representar tudo em que entregamos o nosso dinheiro, em prol de garantir a constante valorização do património.

A título de exemplo os ativos são:

Os exemplos citados são chamados ativos, pois se descrevem como bens que valorizam e beneficiam o proprietário com retorno financeiro, visando o longo-prazo.

Passivos

Os passivos são o oposto dos ativos, representando todos os bens que não trazem retorno financeiro e sofrem desvalorização contínua, provocando despesas ao proprietário. Neste caso, falamos de empréstimos, despesas e outros tipos de dívidas que sejam passivas. Em suma, impulsam os gastos mensais sem gerar riqueza.

Exemplo: O pagamento de um crédito habitação (neste caso, habitação permanente) mensalmente, é considerado um passivo, pois irá influenciar a saída de capital para a prestação e irá criar mais pobreza na nossa economia.

Ao contrário dos ativos, os passivos podem criar instabilidade financeira e colocar as finanças em risco, algo que acontece em muitas famílias perante o impacto na taxa de esforço.

Assim sendo, os nossos ativos devem ser superiores aos passivos para não colocar em risco a saúde financeira.

Glossário financeiro

Já sabemos o que são ativos e passivos. Mas, muito importante também é conhecer todo o glossário, a base de investir é ter conhecimento! Eis os mais importantes:

NomeSignificado
AçãoRepresenta uma parcela de propriedade de uma empresa
Alavancagemoperação ou método quer permite multiplicar os efeitos de um certo investimento;
DividendosMontante em dinheiro distribuído pelas sociedades anónimas aos titulares de ações, a título de participação nos seus lucros
ObrigaçõesUm título de divida emitido por um estado/empresa
JuroCorresponde à remuneração ou lucro produzido pelo capital, processo designado por capitalização de juros
Juros simplesRegime de juros onde estes são calculados sobre o capital inicial
Juros compostos Regime de juros onde o juro vencido em cada período é adicionado ao capital, processo designado por capitalização de juros
Capitalização de jurosProcesso de reinvestimento dos juros obtidos por uma aplicação financeira
SpreadDiferença entre o preço da venda e de compra de um ativo
EuriborMédia das taxas de juro praticas pelas principais instituições de crédito da zona euro para empréstimos interbancários
CFDInstrumento financeiro que resulta de um acordo entre o intermediário financeiro e o investidor que permite trocar a diferença do valor do momento de abertura e de fecho do contrato
BenchmarkPadrão de referência para medir desempenho de um instrumento financeiro
ÍndiceMédia ponderada das cotações das ações que o compõem, dando uma espécie de preço ideal para o conjunto do mercado

O começo – Fundo de emergência

Antes de pensarmos em investir é preciso ter em posse um fundo de emergência, em prol de nos salvaguardar de qualquer problema que possa surgir na nossa vida pessoal. Assim, o valor usado para investir nunca será necessário. Afinal, investir é sempre visando apostar no longo prazo.

A recomendação é que o nosso fundo de emergência seja, pelo menos, seis vezes o nosso custo de vida mensal. Ou seja, se temos gastos de mil euros mensais, devemos ter um fundo de emergência com, pelo menos, seis mil euros. Todavia, o ideal será sempre um fundo com doze vezes mais o custo de vida.

Contudo, pode ler mais sobre o que é e como criar um fundo de emergência no nosso artigo, clicando aqui.

Vale realçar que o fundo de emergência deve ser colocado num local de rápido acesso e que não sejam cobradas taxas por levantamento. Ou seja, é um valor que deve estar numa conta à ordem e não numa conta com mais-valias!

Onde devo investir – As opções

Agora que temos algumas raízes, é necessário perceber onde se pode investir. Todavia, uma vez mais, alertamos que deve existir conhecimento antes de correr os riscos existentes de fazer qualquer investimento. Aqui damos algumas raízes e os meios de investimento, mas é necessário conhecer tudo de forma eficaz.

Assim sendo, listamos onde se pode investir em Portugal, de forma aleatória e não pelos meios de preferência, pois cada investidor tem as suas aplicações de preferência e não usam todas as soluções do mercado.

Criptomoedas

As criptomoedas representam o dinheiro virtual da atualidade. As criptomoedas já existem há vários anos, tendo começado pela Bitcoin, mas apenas nos últimos anos surgiu com grande crescimento e tornou-se tão importante. Agora, existem várias moedas de opção e já é, assim como outra moeda qualquer, um meio para realizar pagamentos, neste caso, trocas comerciais.

Principais características das criptomoedas:

Se tem conhecimento sobre criptomoedas e quer começar a investir, damos a conhecer a plataforma Binance, onde tem várias vantagens na sua adesão, desde Cartão de Crédito sem anuidade ou taxas.

ETF

Investir em ETF (Exchange Traded Funds) tem crescido com rapidez em Portugal, face à simplicidade e facilidade deste investimento. ETF é nada mais que um fundo de investimentos, negociável na bolsa de valores. Sendo para muitas pessoas arriscado investir na bolsa de valores, a ETF veio para trazer diversificação de investimentos, boas excelentes rentabilidades e com risco inferior.

O funcionamento de uma ETF é simples. Simplificando, o funcionamento ocorre com a compra de cotas nas bolsas de valores, como a conhecida S&P500. Após a compra de uma cota, será cotista de uma ETF, onde poderá obter dividendos dessa ETF ou lucrar com a venda da mesma a um preço maior do que adquirido.

Se está só à procura da corretora ideal, aconselhamos a DEGIRO! Além de não cobrar taxas, tem um lote de ETFs muito apetecível.

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Fundos Imobiliários

Os fundos imobiliários (FIIs) são um género de “condomínio” de investidores, onde reúnem os seus recursos para aplicarem em conjunto no mercado financeiro. O mais comum é que o investimento seja usado para a construção ou aquisição de imóveis para serem vendidos ou arrendados. Os ganhos de investir neste método surgem na divisão dos lucros pelos investidores, proporcional ao que cada um investiu.

Existem dois tipos de fundo, os fundos abertos e os fundos fechados. O primeiro é aquele cujo o capital é variável e está sempre aberto a subscrição. O último, apresenta um montante fixo que só pode ser subscrito durante um determinado tempo. Assim sendo, os fundos abertos são de participação variável, os fundos fechados de participação fixa.

Os fundos imobiliários são geridos (obrigatoriamente) por uma Sociedade Gestora que atua no interesse dos participantes. À Sociedade Gestora compete-lhe fazer a gestão de todos os valores investidos, incluindo compra e venda dos ativos imobiliários sob gestão. A mesma está proibida de adquirir, por conta própria, unidades de participação de FIIs que não sejam indispensáveis à sua instalação e funcionamento ou à prossecução do objetivo social.

Para investir em FIIs, é necessário adquirir unidades de participação junto das entidades comercializadores. São elas: sociedades gestoras, depositários ou entidades financeiras, autorizadas pela CMVM.

Como em qualquer método de investir, existem vantagens e riscos neste investimento. Por isso, aconselhamos à procura da informação necessária antes de investir em fundos imobiliários.

Obrigações

Uma obrigação é um título de dívida emitido por uma empresa ou estado. Simplificando, o estado/empresa precisa de um encaixe financeiro urgente e pede a quem quer emprestar (investidores). Como moeda de troca por quem vai investir, esta empresa/estado dá um título que as obriga posteriormente a devolver o dinheiro emprestado, com um acréscimo de juros.

Ações (ou Stocks)

Investir em ações ou também conhecida por stocks é um dos mercados que requer conhecimento sobre as empresas e os possíveis riscos. Simplificando, investir em ações/stocks é comprar uma ação de uma empresa e esperar que a mesma tenha uma rentabilidade para conseguir sair com alegria vendendo a mesma a um preço muito mais elevado. Porém, também é possível receber stocks.

Ainda assim, como em qualquer investimento existe o risco de acontecer o inverso ao que era esperado e ter que continuar a acreditar na empresa ou vender a ação comprada em perda. Neste caso, é um mercado muito volátil e requer conhecimento, mas também muita sorte.

Em Portugal, por exemplo, quem investiu na EDP Comercial no início de 2020, viu o seu património crescer em 108,57% na mesma data de 2022. Por outro lado, quem entrou na mesma data no Banco Comercial, teve um decréscimo de 30,52%.

Vantagens:

NFT

Este é o mercado mais recente e que ainda deixa muitas pessoas de pé atrás. NTF é uma sigla proveniente das palavras non-fungible token (token não fungível), nada mais do que um certificado digital de propriedade exclusiva, que pode ter a sua autenticidade vista e confirmada por qualquer pessoa, mas, ninguém a pode alterar. Assim como as criptomoedas, a NFT faz parte da classe dos criptoativos válidos através da Blockchain.

O seu funcionamento surge através de uma pessoa (tipicamente artistas) que cria uma carteira de criptomoedas, sendo através dela que criará a NTF. Atualmente a Ethereum é a moeda mais usada para a criação deste investimento, onde após criar o arquivo de arte o mesmo será vendido no mercado.

Na verdade, um mercado ainda complexo e de difícil entendimento. Por isso, aconselhamos a leitura do nosso artigo sobre NFT.

Peer to Peer

O P2P Lending é uma solução de empréstimo que permite aos empresários receber dinheiro sem ter que estar associado a instituições financeiras, com o objetivo de fazer investimento na sua empresa. O funcionamento surge através de plataformas responsáveis, onde as mesmas encontram projetos para financiar e disponibilizam online.

Para o investidor, o mesmo tem que estar registado na plataforma e colocar o seu dinheiro à disposição do negócio que pretender investir. Existem vários projetos para financiar, desde parques eólicos a construção de edifícios.

Neste caso, o investimento acaba por ter várias condições, como o pagamento de taxas e um período de carência. Ambos dependem das plataformas, mas todas têm o mesmo risco: a falência da empresa da qual forneceu o empréstimo.

PPR (Plano Poupança de Reforma)

Surgiu em 1989 com a finalidade de criar uma poupança voluntária para a sua reforma. Na verdade, este investimento cresce em Portugal face aos benefícios fiscais que proporciona, como poderá ver aqui.

Este é o tipo de investimento com possibilidade de resgate, ainda que com o pagamento de taxas. Porém, é um produto financeiro que vista a pensar na reforma. Neste caso, o investidor opta por contribuir mensalmente para uma conta a seu nome com lucros de 1 a 6%, dependendo do valor contribuído e a idade do cidadão.

Um investimento de baixo risco, com o pensamento no futuro e também com muitos benefícios fiscais, desde logo em sede de IRS. O Plano Poupança de Reforma pode ser adquirido através do seu banco ou através de uma seguradora.

Fundos de pensões

Outro mecanismo para poupar para a reforma. Contudo, mais restrita do que a anterior, PPRs, pois levantar o dinheiro implica regras mais apertadas. Ainda assim, uma forma de um possível acesso a dinheiro “gratuito“, onde não só nós podemos investir, como a nossa empresa.

Certificados de Tesouro ou Aforro

Esta é mais uma solução para investir, neste caso, em títulos de dívida pública. Os certificados de aforro ou tesouro são contribuições monetárias, feitas através das poupanças de particulares, ao Estado, sendo recompensadas através de um rendimento. São formas de investimento com um risco mínimo de perda de capital, afinal, Portugal teria de colapsar para perder o seu dinheiro.

Para investir nestes certificados, pode obter os mesmos através dos CTT, Espaço do Cidadão ou Portal da IGCP.

O certificado de aforro e de tesouro têm regras diferentes para investir. Todavia, ambos são excelentes modos de investir, sem precisar de grande conhecimento da área.

Como escolher um investimento

Existem vários fatores para ter em conta antes de investir, sendo eles:

Objetivo

Tentar criar algo sem um objetivo levará a que não seja levado a sério. Na verdade, um dos fatores que leva as pessoas a não criar poupanças. No que toca a investir deve existir sempre um objetivo e um plano a longo prazo, por isso, defina-o!

Tempo

Traçado o objetivo é necessário pensar quando é que o quer cumprir. Quanto tempo falta? Um ano, dois, dez? Isso irá ser fundamental para fazer o investimento correto. Se precisa de algo a curto prazo, o ideal será menos risco. Afinal, os investimentos com maior risco surgem como os melhores a longo prazo.

Risco

O risco é a parte em que não podemos ceder. Na verdade, não podemos aplicar o nosso objetivo em alguns mercados se ao primeiro momento negativo queres sair. E, na verdade, é muito comum existirem oscilações. Todavia, é possível reduzir o perfil de risco/investidor em três, sendo eles:

Conservador

Se existir probabilidade de perda, não investe. Resumindo, um investigador que quer manter o que tem. Este tipo de investidor só aplica o seu dinheiro em algo com garantia de capital. Ou seja, depósitos a prazo, contas remuneradas, certificados de aforro ou tesouro.

Moderado

Aceita arriscar algum capital para investir mesmo existindo probabilidade de perder. Contudo, prefere manter parte do seu dinheiro em algo mais seguro, tais como: ações, fundos de investimento, entre outros.

Destemido

Não tem medo de arriscar o seu dinheiro e prefere arriscar do que investir em mercados com juros muito baixos. Assim sendo, um investidor que investe em todos os métodos possíveis.

Os depósitos a prazo são um investimento?

Um investidor conservador tem a preferência em investir em depósitos a prazo ou investimentos de menos risco. Todavia, durante os últimos meses/anos a Euribor esteve a valores negativos. Assim, investir neste método não dava nenhum lucro. Agora, com a subida das taxas euribor é possível que os juros cresçam, mas será de pouco ganho. Na verdade, os bancos querem ganhar dinheiro, não dão a ganhar!

Como posso ganhar dinheiro com investimentos?

Para ter sucesso a investir e alcançar a independência financeira ou um futuro mais satisfatório, é necessário seguir algumas regras, tais como:

Exemplo de um investimento a longo prazo

Com um investimento mensal mínimo é possível ter ganhos satisfatórios. Depende sempre do valor investido, mas daremos um exemplo de 100€ mensais, em vários anos.

Investir100€ por mês
Duração25 anos
Valor criado123 mil euros
Crescimento anual10%
Crescimento baseado no S&P500 que tem, habitualmente, um crescimento de 10%

Controlo emocional nos investimentos

Já sabe quais e onde pode investir o seu dinheiro, agora é preciso ter um controlo emocional. Afinal, sem controlo emocional pode deixar tudo a perder.

O controlo emocional é a habilidade do ser humano controlar as suas emoções, destacando-se situações negativas ou positivas. O sucesso de um investidor passa por ter controlo ao assistir às oscilações existentes no mercado de investimentos, influenciando diretamente o estado da bolsa.

Assim sendo, para investir é necessário o controlo sobre emoções e impulsos, em prol de não perder dinheiro por um ato desnecessário.

Lembre-se!

Não existe nenhuma fórmula para ganhar dinheiro rápido e ficar milionário. Nenhum investidor criou uma boa carteira de investimentos do dia para a noite. Por isso, além de muito estudo é preciso paciência e não entrar em pânico com as oscilações dos mercados. Na verdade, já sabe que existem três tipos de investidores, cria o seu objetivo e luta por ele! Mas, lembre-se: adquira os conhecimentos necessários para seres um investidor de sucesso!

Alerta: O presente artigo não constitui qualquer tipo de aconselhamento no mercado de investimento, mas sim passar informações de quais soluções existem no mercado para investir. O website Poupadinhos não se responsabiliza, nem pode, em nenhum caso, ser responsabilizado pelo uso indevido da informação aqui presente.